Biografia de PEDRO LUSZ

Pedro Lusz Cadeira:53 Patrono:Paulo Nunes Batista Status:
Pedro Lusz –  Membro Correspondente lusz@cultura.com.brwww.mitologiabrasileira.art.br (62)3.541-6403 Nasceu no campo, em Catalão/GO, ator, bailarino, diretor, dramaturgo, coreógrafo, cantador, escritor, professor de literatura e musicalização, compositor da Série Mitologia Filosófica Brasileira, com mais de 150 títulos, sendo: fábulas, lendas, estórias, causus e cantigas. Contador de causos. Nasceu e viveu seus primeiros quinze anos no campo. Sempre ligado aos valores naturais, aprendeu muito com o povo camponês e com os nativos, dos quais herdou a essência da arte pura. Teatro – Percorreu costumes, valores e manifestações culturais pelos caminhos das ricas regiões do interior do Brasil. Em sua bagagem há sinais sólidos do Teatro de Rua, Teatro Experimental, Teatro Mudo, Teatro Dança e Teatro Popular. Fundador da Escola de Teatro natural, base dos Mutambeiros, seu grupo de teatro. Sua atuação na arte tem quase a sua idade. Trabalhou em Goiás, Rio de Janeiro, Paranám, Salvador e em vários cantos do Norte e Nordeste Brasileiro, em Cusco (Peru), Cochabamba e La Paz (Bolívia). Dança – Pesquisador da magia dos gestos, busca nos movimentos a essência da linguagem do corpo e do todo. Formação em Dança Clássica, Contemporânea, Dança Moderna, Dança Afro Brasileira, Expressão Corporal, Danças Populares, Danças Primitivas e Consciência Corporal. Estudo com vários profissionais: Neide Neves, Augusto Omolu, Cayde Morgan (da Nigéria), Reiner Viana, Jhonny Franklin (do London Royal Academy of Dancing e Martha Grahan School). Estudou na Fundação Cultural da Bahia, UFBA, Centro de Danças e Rio Ballet, ambos no Rio de Janeiro. A obra – Escreveu diversas obras para teatro, dança e literatura, como “O Chão Perdido”, “O poder do Poder”, “Completamente Brasil”, “Pepeu e Pepita”, “O Poderos Chefinho”, “A Restauradora”, “Somos Sexuais”, “A magia do vinho”, “O Eco do Ipê Lógico”, “Raimunda e o Vento”, “Raízes Venenosas”, “Inri Cristo – O Libertador”, “Severina e Josefina – A Onça que se Apaixonou pelo Caçador”, “Feitiços da Linguagem”, “Cantida Pra Bio Dormir”, “Raimunda e os Bichos”, “Zé Peroba – Lendas, Causos e Cantigas”, “Emília e o Pé de Vento”, “Cantata do Cerrado”, “ O Lúdico do Lúdcio – A Arte de Ensinar Brincando”, “Sapaiada Sem Brejo”, dentre outras.. Sobre o escritor e sua obra, na edição nº 273 da Revista Bula – Literatura e Jornalismo Cultural, ISSN 1982-9086, sob responsabilidade editorial de Carlos Willian Leite <carloswillian@uol.com.br>, o escritor Ademir Luiz, em 03 de novembro de 2008, escreveu: […] A última babação de Cristo
Anos atrás, em visita ao Rio de Janeiro, o papa João Paulo II disse que “se Deus é brasileiro, o papa é carioca”. O que, talvez, o pontífice não sabe é que seu chefe, o Cristo em pessoa, é paranaense. Sim, trata-se do famoso (e infame) Inri Cristo. O pregador de cabelos e barbas longas, sandálias, túnica branca e coroa de espinhos fofos na cabeça, que se apresenta como a reencarnação de Jesus de Nazaré. Figurinha carimbada na mídia brasileira, já foi desde capa da revista Isto É até atração noPrograma do Ratinho, em duelo clássico com o Padre Quevedo. O sotaque estranho e gestual afeminado transformou Inri Cristo em um clássico da imitação, ao lado de Lula, Pelé e Silvio Santos. Longe de lembrar uma divindade renascida, mais parece um personagem perdido de Chico Anysio ou um freqüentador do banco da Praça É Nossa.               
Mas, Inri Cristo, em si, não significa nada. É apenas um esquizofrênico que se tornou uma piada nacional. O que causa estranheza é o fato de que pessoas consideradas sérias o levam a sério. Foi esse o pensamento que tive quanto folheei pela primeira vez o livro Inri Cristo – O Furacão Sobre o Vaticano S. A., do goiano Pedro Lusz. Grosso modo, a obra pode ser resumida como uma mescla de evangelho, apologia e biografia de Inri Cristo. Ao mesmo tempo, propõe ser um tratado de teologia, reportagem denúncia sobre a corrupção da Igreja Católica e peça de propaganda da SOUST, a Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, seita fundada em Curitiba em 1982, “tendo por finalidade principal a salvação da humanidade”.             
É um dos livros mais engraçados que já li. Recomendo. Porém, o humor é involuntário. Pedro Lusz é tudo, menos comediante. Na verdade, é, praticamente, um homem renascentista; tantas são suas áreas de interesse e habilidades. Nos panfletos em que divulga os cursos que ministra, Pedro Lusz se apresenta como “ator, bailarino, diretor, dramaturgo, coreógrafo, cantador, escritor, arte-educador, professor de leitura e musicalização da voz da fala (!?), pesquisador e profissional em medicina natural, artes, sociologia e ciências políticas. Compositor da Série Mitologia Filosófica Brasileira, com mais de 150 títulos, sendo: fábula, lendas, histórias, causos e cantigas. Contador de causos. É goiano de Catalão”. Impressionante! Do alto de sua autoridade intelectual, o evangelista vaticina que Inri Cristo, “esse lutador incansável, este guerreiro de atos e palavras que é sem dúvida à resposta para todas as perguntas coerentes que não foram respondidas”, leva pânico ao Vaticano. Segundo Pedro Lusz, os cardeais vestidos de púrpura em Roma tentaram sabotar o lançamento de seu livro “revolucionário”. Não se sabe como, não conseguiram.             
É fácil ironizar, porém, a situação é preocupante. Meu objetivo não é ridicularizar Pedro Lusz, embora a tentação seja grande, considerando que se trata de um homem que se recusa a possuir geladeira e televisão em casa. Desejo, sim, entender seus motivos. Mas eles me escapam. Porque um “intelectual” dotado de múltiplos talentos e viajado adotaria um megalomaníaco semi-analfabeto como messias de plantão? O mais grave é que sabemos que este é apenas um exemplo isolado e especialmente estapafúrdio. Um dentre muitos. Sérgio Paulo Rouanet, em As Razões do Iluminismo, defende que o Brasil vive uma crise de irracionalismo. Como reverter o quadro? Não sei, parece ser um mal crônico. Para Pedro Lusz, ao menos, existe uma saída. Imitar Simão Pedro, seu xará, e negar seu messias três vezes, enquanto é tempo […].